PROJETO VENCEDOR | CONCURSO NACIONAL INTERVENÇÃO BAIXIOS DE VIADUTO
BELO HORIZONTE . MG . BRASIL
A proposta para intervenção no baixio do viaduto Silva Lobo parte da manipulação da topografia - natural e antrópica, positiva e negativa - para a criação de espaços de permanência e encontro. A estratégia visa adicionar programas que gerem fluxos constantes no baixio do viaduto sem bloquear as visuais sob o viaduto, de forma a garantir a sensação de segurança dos usuários cotidianos e transeuntes. Entre esses espaços de usos definidos, há espaços para o improvável, aberto ao acaso e à excessão. A mescla entre o definido e o indefinido amplia a dinâmica territorial, e oferece maiores possibilidades de apropriação e identidade por parte dos moradores locais, uma vez que seu uso cotidiano e as nuances da arquitetura vivida cria uma lacuna sobre a arquitetura projetada.
Uma série de planos horizontais convergem e sobrepõem à estrutura do viaduto, criando assim uma plataforma infra-estrutural de usos diversos. Essa topografia artificial também oferece às pessoas um espaço de permanência em que o programa não é definido pelo arquiteto, mas mutável e em constante renovação conforme as necessidades do momento. Um aluno que queira ler um livro, um grupo que se encontra para conversar, ou uma apresentação musical em que a plataforma se transforma em arquibancada, as pessoas se apropriam de acordo com as necessidades do cotidiano. Indefinido, portanto infinito como potencial.
FICHA TÉCNICA
local: Belo Horizonte, MG, Brasil | ano produção: 2014 | cliente: Prefeitura de Belo Horizonte
autores: Vinícius Capella, Daniele Capella e Alecsander Gonçalves